Amazônia Mítica
Fernando Penteado Cardoso (agrisus@agrisus.org.br)
é engenheiro agrônomo
sênior, fundador e ex-presidente da Manah e presidente da Fundação Agrisus
Francisco Orellana,
descendo o Rio Maranon em 1541 à procura do soberano que se cobria de
ouro, dito “El Dorado”, - daí Eldorado-, teria enfrentado mulheres
guerreiras, denominadas “amazonas” na mitologia grega. Diz a lenda que um
cacique confirmara a existência dessas valentonas brancas que moravam
“solteiras” em uma cidade de pedra e que só aceitavam homens quando lhes
aprazia.
A história das amazonas deu nome ao rio caudaloso, até então conhecido por
Mar Doce ou Rio Grande. Assim, o nome da Amazônia tem origem na mitologia,
o que pode explicar vários dos mitos que, repetidos com freqüência, vão
adquirindo colorido de verdades, em que pese serem discutíveis seus
fundamentos.
As notícias sobre artigo no “Economist” e sobre a III Conferência
Científica do LBA (1500 participantes, patrocínio do MCT) informam que a
floresta é um sorvedouro (sink) de carbono, assim contribuindo para
amenizar o efeito estufa sobre o planeta.
Ora, todos sabem que a floresta acha-se em equilíbrio, dito clímax,
quando o gás carbônico absorvido pela fotossíntese corresponde ao
desprendido pela decomposição da serapilheira. As árvores cresceriam
continuamente se não soltassem galhos e folhas, os quais se acumulariam
ano após ano, se não se decompusessem. Esse estado de equilíbrio resulta
na troca balanceada de oxigênio e de gás carbônico com a atmosfera. Não
temos o “pulmão do mundo”.
São confusas, igualmente, as assertivas míticas sobre queimadas. A
floresta alta não se incendeia a menos que cortada. Somente os campos e
cerrados, forrados de gramíneas, pegam fogo por descuido ou propósito do
homem, ou em decorrência de faísca elétrica. O fogo periódico faz parte do
clímax do cerrado, vindo a vegetação subseqüente reabsorver o gás
carbônico desprendido.
Os aerossóis da fumaça de origem vegetal são refletores da radiação solar,
atenuando o aquecimento. Por outro lado, boa parte do gás carbônico das
queimadas é reabsorvido pela vegetação subseqüente -pasto, lavoura ou
capoeira - e pelo aumento do húmus resultante do plantio direto. O impacto
sobre o efeito estufa é muito menor do que se apregoa.
Os ecologistas que vão para o mato conhecem tudo que descrevemos e muito
mais. Os urbanizados, principalmente do exterior, deveriam conhecer a
realidade do sertão, poupando os interessados, menos informados, de sua
cansativa e monótona ladainha de histórias do fim do mundo.
A expansão da agropecuária é uma realidade notável, graças à iniciativa e
à capacidade de empreender e trabalhar de nossos patrícios. Eles estão
captando a energia solar que não atravessa as copas arbóreas. Estão
capitalizando nosso clima de verão chuvoso. Estão tornando a terra mais
fértil, mantendo as águas limpas e o ar livre de poeira, graças a uma
agricultura conservacionista e sustentável. Estão enriquecendo nosso país.
São agentes dinâmicos de nossa civilização e de nosso futuro.
O exemplo de Sorriso/MT e arredores não é um mito!
Perfil da Agrisus
Turbinar projetos de ensino, estudos e pesquisasvoltados à conservação e
melhoria do solo e condições ambientais envolvidas afim de qualificar a
produção rural do País, segundo critérios de desenvolvimento econômico
sustentável. É com base neste trabalho de fomento à pesquisa e extensão
rural, aliado ao apoio à capacitação e aperfeiçoamento profissional que a
Agrisus (www.agrisus.org.br) busca promover a geração e difusão de
tecnologias destinadas a otimizar a fertilidade da terra de forma
sustentável e favorável ao meio ambiente.
“A Agrisus tem por objetivo promover a produção agrícola progressista,
econômica e estável, em benefício das gerações futuras”, ressalta seu
presidente, Fernando Penteado Cardoso. “A terra, como já disseram, é um
bem que apenas tomamos emprestado daqueles que nos sucederão.”
Trajetória
A Agrisus nasceu em 24de abril de 2001. É uma iniciativa da família do
engenheiro agrônomo Fernando Penteado Cardoso, fundador do Grupo MANAH
(fertilizantes e gado de corte) e seu diretor e presidente de 1947 a 2000.
Segundo diz seu fundador, a agropecuária e as pessoas que a integram me
proporcionaram uma gratificante carreira profissional nos segmentos de
fertilizantes e de pecuária de corte. “Nada mais justificável que pensar
no futuro desse setor econômico, cujo alicerce se apóia na fertilidade do
solo e no meio ambiente favorável, a serem promovidos pela Agrisus”. Para
este ano a Agrisus tem por objetivo conquistar o título de entidade de
utilidade pública, com base na legislação vigente.
Vale do Ivaí ganha especialização em plantio
direto
A Asseavi e a União das
Escolas Superiores do Vale do Ivaí (Univale), no Paraná, estão organizando
um Curso de Especialização Lato Sensu preferencial em Plantio Direto. As
aulas serão realizadas em Ivaiporã. A Região tem se destacado como grande
produtora de grãos, apresentando as melhores médias de produtividade de
soja da área de ação da Cooperativa Coamo na soja 2002 - 2003.
Atuam no Vale do Ivaí
cerca de 200 profissionais de agronomia, além de outros profissionais de
Ciências Agrárias, demonstrando, assim, que há potencial e clientela para
a realização do curso.
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