Pequenos produtores de feijão e milho de 34 municípios da região Centro-Sul do Paraná estão conseguindo aumentar em mais de 50% a produtividade nos últimos três anos. Os resultados são obtidos através do Projeto Grãos, desenvolvido em parceria pela Emater-Paraná e Syngenta.Os principais colaboradores do projeto são a FEBRAPDP e o IAPAR.
      Na safra 2001/2002 foram instaladas 50 unidades demonstrativas de feijão e 45 de milho nos 34 municípios. Nestes locais são aplicadas tecnologias necessárias para a obtenção de bons resultados na produção de grãos. Os locais também são utilizados para observação e treinamento de produtores. Entre as técnicas disseminadas se destacam a adoção do plantio direto, uso de sementes de qualidade, plantio em época correta, adubação adequada, entre outros.
      Ao redor das UDs são formados grupos de discussão e resultados, com agricultores que moram na comunidade. O projeto está profissionalizando perto de 1,5 mil produtores. Além de acompanhar o que é feito nas áreas, eles também começam a adotar tecnologias em suas propriedades. A produtividade média de feijão conquistada saltou de 1.087 Kg/ha para 1.807 kg/ha. Nas unidades demonstrativas a média da atual safra é de 2.167 kg/ha, sendo que algumas UDs superaram os 3.000 kg/ha. É bom lembrar que a média do Paraná é de 867 kg/ha e a do Brasil, 624 kg/ha
      No caso do milho, muitos produtores já superaram os 5.000 kg/ha. A média das UDs está acima dos 6 mil quilos e algumas chegaram a 9 mil quilos, marca de grandes produtores.
      Durante toda a safra são realizados diversos trabalhos. Em 2001/2002, por exemplo, somente na cultura do feijão, foram realizadas 74 reuniões práticas, 14 cursos profissionalizantes, 22 dias de campo, 37 excursões técnicas, uma semana de campo e seis encontros. Os resultados são animadores e fazem com que a abrangência, em número de municípios, cresça anualmente. Além da melhor produtividade, os produtores apresentam outros avanços.No caso do plantio direto por exemplo, em 1999 apenas 22% dos envolvidos adotavam a prática. Hoje o percentual já é de 51%.
      O objetivo, em síntese, é profissionalizar estes agricultores com base na cultura de feijão e milho, melhorando a eficiência e aumentando a produtividade. Na seqüência, pretende-se introduzir outras alternativas de culturas, viabilizando, assim, a pequena propriedade.

Grupo Plantio Direto premiou agricultor e agrônomo de Aramina - SP.

      O agricultor Oswaldo Siroshi Tanimoto e o agrônomo Denizart Bolonhezi, da cidade paulista de Aramira, foram os vencedores do 3º Concurso Técnicas de Plantio Doreto Brasil, com o trabalho "Plantio Direto de Soja sobre Palhada de cana-de-açúcar.
      Promovido pelo Grupo Plantio Direto, o 3º Concurso Técnicas de Plantio Direto Brasil teve uma premiação de R$5.000,00 (cinco mil reais) e certificado para o trabalho vencedor, que foi entregue durante o 8º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha.
      O Grupo Plantio Direto (GPD) é formado pela aliança estratégica de empresas-chave do setor de agronegócios, como a Dow AgroSciences, Manah, Monsanto e Syngenta, com o apoio da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha. A finalidade é de promover o crescimento do Plantio Direto no Brasil.
O trabalho destaca a importância desse sistema de plantio de soja na rotação do cultivo da cana-de-açúcar,reduzindo queimadas à canaviais, além de recuperar o solo e permitir a fixação de nitrogênio. É nesse contexto que o Sistema de Plantio Direto de soja na palhada surge como técnica expressiva e inovadora conferindo ao mesmo tempo, maior lucro ao agricultor e a sustentabilidade ao solo e ambiente agrícola, com a manutenção da umidade e dos microorganismos, evitando a erosão. Essa técnica consiste na substituição das operações mecânicas de preparo do solo pela destruição química da soqueira de cana-de-açúcar, aplicando-se dessecante sistêmico, quando a brotação estiver uniforme e antes da formação de colmos, o mais próximo possível da semeadura, que pode ser realizada depois de 24 horas da dessecação.
      De maneira geral, o sistema de plantio direto da soja sobre a palhada da "cana crua", proporciona aumento da produção e redução de custos das duas culturas, diversificação da atividade produtiva, produtores mais capacitados e maior estabilidade econômica para o agricultor. Já para a sociedade, este sistema resulta em maior geração de empregos diretos e indiretos e maior proteção ambiental com a eliminação de queimadas, alteração na composição da fauna e flora, garantindo o equilíbrio ecológico.