2                                                       Boletim Informativo da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha

EXPEDIENTE
 
Boletim Informativo da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP).
Instituída em 20/02/1992
Entidade de Utilidade Pública Federal (Proc.MJ 15630/97-32) DOU 116-22/06/98
Associada a Confederación de Asociaciones Americanas para la Producción Agropecuária Sustentable

Jornalista responsável:
João Carlos Dias - RP 2684/10/162-PR

Diagramação:
Romilda Chicoski - rorokia@uol.com.br 

Impressão:
Kugler Artes Gráficas

Presidente:
Herbert Bartz

Vice-presidentes:
Benedito L. Orlandi
Egídio Vuaden
Flávio Faedo
Gilberto Zeny
Luiz Carlos Roos
Manoel Henrique Pereira
Sérgio Manica            Silvio H. Ohse

1º secretário:
Ivo Mello
2º secretário:
Cláudio F. Macagnan

1º tesoureiro:
Felipe Lameu Paladini
2º tesoureiro:
José Roberto Brucelli

Conselheiros fiscais:
Eurico Dornelles
Franke Dijkstra
Irineo da Costa Rodrigues

Suplentes:                 Altair Justino
Ivan Bohrs

Diretor-executivo:
Engº agrº Maury Sade

Produção:
Engº agrº Bady Cury, assessor técnico da FEBRAPDP
Engª agrª Lutécia Beatriz Canalli, Emater-PR/FEBRAPDP

Endereço:
Rua Sete de Setembro, 800 - 3o andar. Sala 301 - A, centro
Ponta Grossa-PR
Tel/fax: (42) 223-9107
CEP: 84010-350
e-mail - febrapdp@uol.com.br 
www.febrapdp.org.br 

Plantio Direto completa 25 anos
nos Campos Gerais do Paraná

    O agricultor Manoel Henrique Pereira, em parceria com a Monsanto comemorou, no dia 22 de novembro, em Palmeira - PR, os 25 anos do sistema de plantio direto nos Campos Gerais do Paraná. O evento reuniu pesquisadores, produtores, agrônomos e representantes de entidades e empresas que contribuem para a disseminação do sistema no País. Entre eles, os pioneiros Herbert Bartz, Américo Meinicke, Franke Dijkstra e Hans Peeten.  A comemoração aconteceu na fazenda de Manoel Henrique Pereira.Seu Nonô, como também é conhecido, é um dos principais precursores da tecnologia no Brasil e no exterior. Ele lembrou que o sistema o ajudou a enfrentar as dificuldades de se plantar soja em uma região onde 60% a 70% do solo era arenoso. "Com as chuvas, perdíamos 20 toneladas de terra e colhíamos duas toneladas de grãos. "O balanço era suicida", disse. Em 1980, todas as plantações de Pereira já eram feitas pelo plantio direto.
     A Monsanto dissemina o sistema plantio direto há muitos anos. A empresa sempre acreditou nos benefícios da tecnologia, incentivando a sua utilização pelos produtores de norte a sul do País. A tecnologia hoje é aplicada em várias culturas, como soja, milho, algodão, trigo, sorgo, café e arroz. Além disso o sistema vem se expandindo nas áreas de cultivos de pastagens, pelas técnicas de integração agricultura e pecuária e renovação de pastagens.
     André Franco, líder de plantio direto na Monsanto do Brasil, afirmou que os agricultores descobriram que podem aumentar a produtividade em suas propriedades, com custos mais baixos, utilizando o sistema. "O sistema é sempre muito eficiente, mas é nos intensos períodos de chuvas ou mesmo nos veranicos que os seus maiores benefícios vêm à tona, contribuindo para a redução da erosão do solo e o bom desenvolvimento da cultura", afirma.
     A adoção do plantio direto pelos agricultores brasileiros tem aumentado a cada ano. Segundo levantamento da FEBRAPDP, na safra 90/91, apenas 1 milhão de hectares era cultivado com a técnica em todo o país. Dois anos depois, na colheita 92/93, a área dobrou. Em 1994, os dados mostraram que o plantio direto na palha já era utilizado em 3 milhões de hectares. Os números hoje já ultrapassaram 15 milhões de hectares. Os números hoje já ultrapassaram 15 milhões de hectares. São 64 milhões de hectares no mundo.
     O sistema visa diminuir a excessiva movimentação do solo, expandindo a produtividade das lavouras e melhorando continuamente o meio ambiente, evitando a erosão. Na verdade, a médio e longo prazos, esse é o mais importante benefício da tecnologia, pois permite a redução das perdas de solo em até 90%. Outra vantagem da tecnologia é a ampliação da vida útil de máquinas e equipamentos, o que reduz despesas com combustíveis e manutenção. O plantio direto também melhora a qualidade de vida das pequenas propriedades. A redução da mão-de-obra proporcionada pela tecnologia é uma das vantagens ressaltadas por esses produtores. Ao adotar o sistema em um hectare de milho, por exemplo, o agricultor tem uma redução de 70 %  no número de horas de trabalho e 66% menos esforço físico para conduzir a lavoura.

Plantio Direto revolucionou
a agricultura de Alegrete

      A UNITEC da Cooperativa Agroindustrial Alegrete Ltda. (CAAL) iniciou em 1994 o fomento da introdução de culturas de sequeiro. O objetivo foi de desenvolver as áreas de coxilha. Com isso deu início a uma nova visão de exploração técnica e econômica para o sistema agropecuário do município. O projeto foi inserido no programa de diversificação iniciado na CAAL, através da introdução da técnica de plantio direto.
     No início a área experimental era de aproximadamente 40 hectares, dividida em quatro propriedades. Na safra 2001/2002 deverá atingir 14 mil hectares, envolvendo 25 propriedades, com exploração baseada neste sistema de produção. Com relação à cultura da soja, nesta safra deverá atingir 12 mil hectares, isso para o agronegócio de Alegrete representa o incremento de giro financeiro superior a R$ 9 milhões e geração de pelo menos 90 empregos diretos.
     A cultura da soja foi introduzida na região da fronteira oeste do Rio Grande do Sul há duas décadas, através do sistema convencional de cultivo. Na época vários problemas foram detectados, principalmente em solos arenosos.  O desgaste do solo, erosão e efeito de déficit hídrico fizeram com que a  produtividade baixasse a cada cultivo.
     Atualmente, a cultura da soja está inserida no sistema de produção da propriedade potencializando resultados para a produção forrageira. Sempre no sistema de plantio direto e a rotação de cultura, práticas que minimizam os efeitos de seca e contribuem para o melhoramento do solo. Quando são introduzidas lavouras nas áreas de média e baixa fertilidade, são aplicadas técnicas de adubações corretivas, que na maioria das vezes só são viabilizadas pela agricultura.
     Este sistema de produção se aplica para a região de Alegrete caracterizada por solos profundos, bem drenados, com média fertilidade. O tipo de solo ocupa no município uma área agriculturável superior à 180 hectares que ainda apresentam baixa ocupação agrícola.
     "Quando se avalia estes pontos discutidos ficamos otimistas no sentido que ainda temos muito à fazer pelo desenvolvimento agropecuário de Alegrete, apenas lançando mão de técnicas disponibilizadas pela  pesquisa", analisa Cleomar Ereno, coordenados de novos negócios da UNITEC.
Hoje técnicos da região detêm conhecimento e experiência local para orientar a introdução de atividades e técnicas que resultam em incremento produtivo e financeiro para o sistema de produção da propriedade  rural. Também podem oferecer assessoria na orçamentação e gestão de custos das atividades da propriedade.
     "É importante mencionar a colaboração da FEBRAPDP, pelo então presidente Manoel Henrique pereira, que através de palestras e visitas incentivou os produtores da região a abraçarem o plantio direto", destaca Ereno.

                                  Cleomar Ereno
                                 
Coordenação de Novos Negócios - UNITEC-CAAL


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