Na Assembléia Geral Ordinária, realizada no dia 30 de
junho de 2004, em Chapecó – SC, durante o 9º Encontro Nacional de Plantio
Direto na Palha, foi composta a nova diretoria da Febrapdp, para o biênio
2004/2006. Veja como ficou a composição:
Diretoria Executiva:
Presidente: Ivo Mello
Vice-presidente RS:
Ariovaldo Ceratti;
Vice-presidente SC:
Hilário Cassiano;
Vice-presidente PR:
Herbert Bartz;
Vice-presidente SP:
Leonardo Coda;
Vice-presidente Goiás:
Flávio Faedo;
Vice-presidente Mato
Grosso do Sul: Luiz Carlos Roos
Vice-presidente Distrito
Federal: a ser indicado pela APDC;
Vice-presidente MT: a ser
indicado pela Fundação MT;
Vice-presidente Bahia:
Renato Faedo;
Vice-presidente MG: João
Ângelo Guidi Junior ;
Vice-presidente MA: Harry Van der Vliet.
1º Secretário: Benami
Bacaltchuk;
2º Secretário: Willem
Bouwman;
1º Tesoureiro: Manoel
Henrique Pereira
2º Tesoureiro: Cláudio Macagnan.
Diretor Executivo: Maury
Sade
Eleição do Conselho Fiscal e Deliberativo para o biênio
2004/2006:
Conselho Fiscal:
Efetivos: Eurico Dornelles, Franke Dijkstra,
José Carlos Caldasso.
Suplentes: Ricardo Ralisch, Ruy Mattos e Kurt
Arns.
Conselho Deliberativo:
Maurício Carvalho Oliveira pelo MAPA; Celso
Castro Filho, pelo IAPAR; Altair Justino pela UEPG; Tabajara Nunes
Ferreira pela EMATER/RS; Leandro Wildner, pela EPAGRI; Telmo Amado pela
UFSM; EMBRAPA a ser designado e GPD a ser designado.
São convidados também a
fazer parte do Conselho Deliberativo, Osmar Muzilli e Fernando Penteado
Cardoso, em razão do permanente trabalho prestado em favor da agricultura
conservacionista no Brasil.
SPDP é arma contra o
aquecimento global
De olho nas mudanças climáticas e o perigo do
efeito estufa, a mesa-redonda "Seqüestro de Carbono em Sistema de Plantio
Direto" debateu no 9º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha, em
Chapecó (SC), a vantagem da utilização da palhada para a retenção dos
gases tóxicos soltos na atmosfera.
Os pesquisadores Telmo Amado, da Universidade
Federal de Santa Maria (RS), e Carlos Cerri, da Esalq - USP (SP),
juntamente com um dos pioneiros do Sistema de Plantio Direto no Brasil, o
produtor Herbert Bartz, discutiram a
importância da agricultura moderna para reverter o processo de liberação
de
gás carbônico (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) pelo solo.
Ao contrário da agricultura convencional que,
com o uso da grade e arado,
revolve o solo e estimula a ação de microorganismos a produzirem CO2, a
tecnologia utilizada no plantio direto reduz as emissões dos gases por não
haver trabalho no solo e ainda capta parte do carbono encontrado na
atmosfera, por meio da decomposição da palha. "O Sistema de Plantio Direto
já se mostrou aliado no combate à erosão e agora pode ser utilizado para
eliminar o carbono solto no ambiente", afirma Amado.
Da mesma opinião é o professor Cerri, que
acredita na tecnologia mais
tecnificada do plantio direto para transformar o solo em um "seqüestrador
de
carbono", realizando uma atividade inversa à conhecida até pouco tempo, em
que o solo era responsável por 20% das emissões de gases tóxicos, atrás
somente da queima de combustível fóssil (66%). "Se o manejo do solo for
mal planejado, parte do carbono do solo pode ser transferido para a
atmosfera, causando mudanças climáticas que desequilibram o ambiente",
explica.
Em seus estudos, Cerri pôde constatar que,
sob o plantio direto, a maior
quantidade de matéria orgânica no solo aumenta os níveis de carbono do
solo,
fixos no tecido vegetal da palha, através da fotossíntese.
O produtor Herbert Bartz, experiente ativista
do Sistema de Plantio Direto,
deu razões práticas à importância da tecnologia na captação e retenção do
carbono. Para Bartz, a qualidade do solo é a base de uma boa agricultura,
que só pode ser alcançada com a diminuição do processo erosivo do solo,
maior quantidade de matéria orgânica, melhor filtração da água e com o
processo de seqüestro de gases - todos resultados de um plantio, com
sucesso, na palha. "O desafio do Brasil não é mais realizar ou não o
plantio direto, mas sim com que qualidade ele é feito", alertou.