3                                                     Boletim Informativo da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha

Plantio direto contribui
com a evolução da agricultura

     O plantio direto é uma das técnicas que mais contribui com a agricultura conservacionista e para a eficiência da produtividade, sem agressões ao meio ambiente. A avaliação é das autoridades presentes no II Congresso Mundial sobre Agricultura Conservacionista. Na avaliação do presidente da FEBRAPDP, Ivo Mello, o crescimento da produtividade nas lavouras tem ligação direta com a evolução do plantio direto no Brasil. Ele lembra que da safra 85/86 à safra 2002/2003, a ascendência de produção de grãos combina com a curva da evolução do plantio direto. De 85 milhões de toneladas de grãos o Brasil chegou a 120 milhões de toneladas. Ele destaca a atuação do agricultor, que “mesmo sem subsídios”, colheu este montante.
     Segundo ele, a Federação está fazendo a sua parte, pois tem como missão promover a rentabilidade sustentável do agricultor brasileiro, através da prática do sistema de plantio direto na palha. Ele garante que o sistema desenvolvido no País “é uma das grandes e boas ferramentas da agricultura conservacionista”. Mello lembrou que as parcerias plantadas nessa edição do Congresso, contribuirão para o crescimento da qualidade de vida e da produção de alimentos.
     O presidente da CAAPAS, Roberto Peiretti, disse que este é o momento de trocar experiências, a partir da reunião de pessoas que defendem a necessidade de mudança de paradigmas e rumos. “Precisamos de ajuda mútua  e interação para resolver os problemas que existem e multiplicar os progressos”, afirmou. Peiretti lembrou que a CAAPAS agrega a cada ano mais países e que atualmente são doze os membros que integram a Confederação e que contribuem com o desenvolvimento de uma agricultura produtiva e sustentável.
     Enaltecendo as vantagens do plantio direto para a agricultura conservacionista, o diretor superintendente brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, relacionou a excelente condição da água dos reservatórios da Itaipu ao crescimento do plantio direto. José Tubino, representante das Nações Unidas, através da FAO, conclamou os presentes a uma reflexão global, defendendo a idéia de que o homem tem o dever de cuidar e proteger a biosfera e a atmosfera, “muito antes de querer conquistar planetas como Marte”, argumentou. Na sua avaliação, produzir com harmonia “é a única saída”, lembrando que é preciso aplicar o manejo harmônico da água, do ar e do solo.
     Representando o ministro da Agricultura, Maçao Tadano lembrou ao público presente que a agricultura conservacionista é uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento sustentável.  Mais uma vez foi colocada a relação do aumento da safra de grãos, que mesmo sem o crescimento da área plantada, registrou de 1991 a 2003 um incremento que tem muito a ver com o plantio direto e ainda com a adoção de tecnologias. Tadano registrou o quanto representa o setor produtivo agropecuário para o crescimento do Brasil, lembrando que o agronegócio atingiu um volume de U$ 24 bilhões, representando 29% do PIB, 42% das exportações e 37% da oferta de empregos.
     Descrevendo a evolução da agricultura no Paraná e no Brasil, o vice-governador do Estado do Paraná, e secretário de Agricultura e Abastecimento, Orlando Pessuti, relacionou o conservacionismo, a rotação de culturas, a adubação verde, a sustentabilidade e o crescimento da renda, ao compromisso de quem produz com responsabilidade e em sintonia com a causa do plantio direto.

 Especialista diz que silvicultura
é fundamental no conservacionismo

     A silvicultura tem fundamental importância na conservação do solo, da água, do ar, da biodiversidade da flora e da fauna, sendo uma atividade conservacionista, mesmo quando em plantios comerciais e de embelezamento urbano. A avaliação é de Moacir Medrado, da Embrapa Florestas, feita durante conferência sobre Potencial florestal e agroflorestal na preservação dos recursos naturais, realizada no II Congresso Mundial de Agricultura Conservacionista. Ele defende a silvicultura como uma especialidade que depende de conceitos e princípios de várias disciplinas, como solos, hidrologia, ecologia, biologia e economia, entre outros. “A floresta tem um papel multifuncional”, garante.O especialista explicou que, com relação aos processos de degradação do solo, a silvicultura conservacionista é fundamental, tanto no estabelecimento de práticas e sistemas que evitem erosões, como também na recuperação de áreas em degradação, incluindo aquelas  em processo de desertificação, através da utilização de espécies recuperadoras de solo.


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