Grilos
O grilo-marrom é a principal praga de solo que ataca plântulas no sul do Brasil. Causam intenso dano, consumindo 6 a 8 plântulas de soja e 4 a 6 de milho. Em novembro e dezembro ocorrem ovos e ninfas em número superior a 100 por galeria. Em geral o dano do grilo é atribuído, erroneamente, a lagartas, formigas e besouros.
Tamanduá-da-soja
O tamanduá-da-soja deverá ocorrer em população muito pequena na fase de germinação da soja em 2002. A redução da população de tamanduá-da-soja ocorreu no período de seca de dezembro de 2001, quando os adultos não emergiram do solo. O inverno úmido de 2002 teve pouco efeito negativo na sobrevivência de larvas em diapausa. É importante monitorar as lavouras, pois, sempre ocorrem anomalias regionais.
Vaquinhas
As vaquinhas estão causando intenso dano em bordas (margens) de lavouras, desfolhando plântulas. As folhas, nessa fase de desenvolvimento das plantas são importantes para garantir o desenvolvimento de raízes e o crescimento vigoroso.
Nitrogênio em milho
A aplicação de nitrogênio em gramíneas é fundamental para garantir rendimentos elevados. Resultados experimentais evidenciam que é mais eficiente aplicar a uréia antes da chuva. Depois da chuva o fluxo de evaporação de água resulta em maior índice de perda do N da uréia.
A utilização de fontes de nitrogênio com menor volatilização (sulfato de amônio e nitrato de amônio) resultam em maior aproveitamento de N em períodos de temperatura elevada.
Doenças em plântulas
No Paraná estão ocorrendo muitos problemas com a morte de plantas de soja depois da emergência (última semana de novembro). Os fungicidas no tratamento de sementes de soja garantem a germinação sob condições de ambiente adversas. Os fungos causadores de tombamento, vivem no solo, são oportunistas e desenvolvem em plântulas sob estresse (Informativo 54). É importante semear com equipamento adequado para garantir a germinação e o desenvolvimento adequado de raízes. Plantas bem estabelecidas sofrem menor ataque de fungos oportunistas de solo.
O milho no Rio Grande do Sul está apresentando índice elevado de podridões radiculares e morte de plantas causadas por fungos. Dados da Universidade de Passo Fundo mostram a ocorrência de fungos de solo e fungos transmitidos pela semente, causando infecção em plantas e milho. O excesso de umidade no solo favorece o desenvolvimento de fungos patogênicos.
A falta de tratamento complementar de sementes com fungicidas (Informativo 22) e a semeadura sob condições de solo encharcado foram os fatores que favoreceram o desenvolvimento de doenças na base de plantas de milho.
O fungicida desempenha a função de limpar os patógenos da semente e, principalmente, garantir a germinação sob condições adversas de clima (Informativo 22).
Dessecação
Planejar a dessecação para a semeadura, que em áreas com palha seca é melhor e ocorre sob menor pressão de pragas iniciais do que em áreas com plantas em processo de morte.
Áreas com plantas secas apresentam características de estrutura de solo melhores para o corte de restos culturais e para o preparo do sulco de semeadura.
Cuidar com doses reduzidas e condições de ambiente desfavoráveis para a eficácia de herbicidas.
Misturas com glifosato
A mistura de herbicidas com inseticidas e micronutrientes é uma prática cada vez mais freqüente nas lavouras. É importante destacar que podem ocorrer problemas de formação de grumos (Informativo 62) e entupimento de bicos.
O Roundup Transorb é a formulação mais sensível a misturas com outros produtos. O Roundup WG exige cuidados no processo de preparação da calda (Informativo 84) e deve ser colocado no tanque de pulverização, misturado uniformemente, e na seqüência adicionados inseticidas e micronutrientes.
O molibdênio é o elemento que causa problemas de formação de grumos com maior freqüência.
Lesmas
A demanda de informação sobre danos e controle de lesmas e caracóis em soja, feijão e milho, está maior do que em anos anteriores.
O controle é difícil e as estratégias indicadas são para reduzir parcialmente a população e proteger as plantas.
Semeadura
A semeadura com umidade de solo adequada, preparação de sulco com rompedor da camada adensada e posicionamento da semente para germinação e desenvolvimento de raízes é fundamental para estabelecer o potencial de produção das culturas.
É recomendável replantar as áreas com falhas ou estabelecimento deficiente da lavoura.
Inoculante
A inoculação de soja com bactérias fixadoras de nitrogênio é fundamental para garantir a produção de 1,2 t de proteína para cada 3 t de grãos/hectare (Informativos 38, 39, 40 e 41). Para isso, são necessários 240 kg de nitrogênio, ou seja, 500 kg de uréia/ha.
Interpretação de análise de solos
O programa para interpretação e análise de solos da Cooplantio foi enviado para todas as filias com a expectativa de obter sugestões e críticas. Ele deverá ser aprimorado a partir das demandas.
Por favor, exercitem e encaminhem as sugestões, para construirmos um produto diferenciado da Cooplantio.
Planejamento
Dezembro é o momento para planejar treinamentos de controle de pragas, doenças, plantas daninhas e nutrição complementar das culturas de verão.
Planejamento para participação das filiais da Cooplantio em dias de campo e atualização em culturas de safrinha.