Projeto Grãos reúne produtores de 33 municípios em Ponta Grossa.
Foi realizada, de 3 a 6 de dezembro, uma semana de campo na Fazenda Escola da UEPG, em Ponta Grossa-PR. O evento fez parte das atividades programadas pelo Projeto Grãos - Centro Sul de Milho e Feijão. A promoção foi da Emater-Paraná e Syngenta, com apoio da UEPG, Iapar, SEAB/PR 12 Meses, FEBRAPDP e Embrapa. Durante quatro dias participaram mais de 1500 agricultores familiares de 33 municípios que fazem parte de sete regiões do Paraná.
Os agricultores compareceram em dias diferentes, em grupos de 350 a 400. A programação foi diariamente a mesma. O extensionista regional da Emater de Ponta Grossa, Marco Antônio Brandão Borges, coordenador do projeto, lembra que foram tratados de temas como doenças do feijoeiro, controle de plantas daninhas, plantas de cobertura, tecnologia de aplicação, segurança e ações de meio ambiente. A utilização o plantio direto teve lugar de destaque na semana.
O Projeto Grãos tem demonstrado aos agricultores familiares que mesmo em uma pequena propriedade, adotando-se tecnologia compatível, bom manejo e semente de qualidade, é possível obter boas produtividades nas principais culturas tradicionalmente trabalhadas por este público, o milho e o feijão. Derivado de parcerias pontuais, realizadas entre Emater e Syngenta desde o final dos anos 80, o projeto, no seu modelo atual, surgiu em 1999.
Hoje envolve as regiões de Ponta Grossa, Curitiba,
Lapa,
Irati, Guarapuava, União da Vitória e Ivaiporã. A idéia central é a instalação de unidades demonstrativas de milho e feijão - de um hectare, em média - onde são aplicadas todas as tecnologias de ponta em produção. As áreas têm acompanhamento técnico dos extensionistas da Emater e
insumos da Syngenta. Todos os resultados obtidos são acompanhados, não apenas pelo agricultor referência, proprietário da área, mas também por produtores vizinhos, que formam o que se chama de "grupos de resultados".
Os objetivos centrais do Projeto Grãos visam melhorar a rentabilidade da agricultura familiar, com base no sistema milho/feijão, através do aumento da produtividade, diminuição de perdas e melhoria da eficiência do sistema produtivo. Os resultados obtidos nas unidades demonstrativas, na safra 2001/2002, mostraram aos agricultores que a aplicação de tecnologia permite alcançar bons índices.
No caso do feijão, por exemplo, enquanto a média paranaense é de 867 quilos por hectare, nas 55 UDs instaladas a média ficou em 2183 quilos, com a maior produtividade chegando a 3,36 mil quilos. No milho, com 45 unidades, a média ficou em 6,19 mil quilos, contra 3,6 mil do Paraná. A maior produtividade chegou a 9 mil quilos, número próximo de grandes produtores, que adotam tecnologia de ponta.
Percentual dos produtores dos grupos de resultados que adotavam e adotam de forma correta as práticas.
Evolução da adoção correta de práticas pelos grupos de resultados
FEIJÃO
Marco zero(1999)
Marco um (2001)
Plantio direto:
22,4%
50,5%
Ad. de plantio correto: 28,6%
72,8%
Espaçamento:
44,2%
67,0%
Controle de ervas:
45,6%
86,7%
Controle de pragas: 24,0%
67,5%
Manejo de agroquímicos: 24,7%
63,3%
MILHO
Marco zero(1999) Marco um (2001)
Plantio direto:
29,2%
54,0%
Ad. de plantio correto: 28,3%
71,5%
Espaçamento:
64,8%
95,8%
Controle de ervas:
47,6%
92,5%
Controle de pragas:
14,0%
46,4%
Manejo de agroquímicos: 27,9%
68,6%
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APDC incentiva a Adoção do
Plantio Direto na pequena propriedade
A Associação de Plantio Direto no Cerrado
(APDC) está desenvolvendo um projeto piloto de apoio à adoção do PD por pequenos agricultores, com apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola
(FIDA) das Nações Unidas.
Entre as atividades previstas destacam-se: capacitação de extensionistas nos princípios e fundamentos do Sistema de Plantio Direto, possibilitando-os executar demonstrações em pequenas propriedades; capacitação de agricultores e envolvimento em dias de campo e outros eventos
técnicos-motivacionais; desenvolver e elaborar materiais didáticos para eventos de capacitação e promover intercâmbios técnicos e trocas de experiências. Além destes aspectos, estão sendo adquiridas algumas máquinas e equipamentos a tração animal e humana que servirão de apoio a grupos de agricultores que estão iniciando o Plantio Direto, bem como está previsto apoio financeiro para implantação de unidades demonstrativas.
O tempo de duração do Projeto é de 2 anos, sendo que em função do acompanhamento e avaliação haverá atividades subseqüentes para consolidação e ampliação da proposta.
Tração animal
A máquina de Plantio Direto tração animal enviada à Gouveia-MG para apoiar o trabalho de difusão do PD na pequena propriedade já está em pleno uso. Segundo informação do extensionista Local da
Emater, Ewerton Giovanni, há vários agricultores esperando sua vez para efetuar o plantio com a máquina doada pela
APDC, com patrocínio da Monsanto Brasil.
25 Anos de Plantio Direto
em Mato Grosso do Sul
A FEBRAPDP e suas associadas parabenizam os produtores Thomas Jeriel Owens e Lúcio
Damalia, pioneiros na adoção do SPD em Mato Grosso do Sul, pelos 25 anos de utilização do sistema.
É justa e merecida essa comemoração naquela região, pelo esforço da pesquisa oficial, empresas de agro-químicos e de máquinas, assistência técnica e principalmente pelos produtores, que com arrojo, dedicação e persistência conseguiram viabilizar esta prática conservacionista na região dos Cerrados.
A FEBRAPDP, em nome dos seus diretores, agradece aos seus associados, entidades e pessoas que colaboraram durante o ano de 2002, desejando-lhes um Natal cheio de paz, amor e harmonia. Que Deus abençoe a todos, renovando as forças para que 2003 seja um ano repleto de realizações e muita "palha". Esperamos poder contar, mais uma vez, com o apoio de todos, em prol do sistema de plantio direto na palha.
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