EXPEDIENTE
Boletim Informativo da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP).
Instituída em 20/02/1992
Entidade de Utilidade Pública Federal (Proc.MJ 15630/97-32) DOU 116-22/06/98
Associada a Confederación de Asociaciones Americanas para la Producción Agropecuária Sustentable
Jornalista responsável:
João Carlos Dias - RP 2684/10/162-PR
Diagramação:
Romilda Chicoski - rorokia@uol.com.br
Impressão:
Kugler Artes Gráficas
Presidente:
Ivo Mello
Vice-presidentes:
Ariovaldo Ceratti
Hilário Daniel Cassiano
Herbert Bartz
Leonardo Coda
Flávio Faedo
Luiz Carlos Roos
1º secretario:
Osmar Muzilli
2º secretário:
Cláudio Furian Macagnan
1º tesoureiro:
Manoel Henrique Pereira
2º tesoureiro:
Andréas Petters
Diretor-executivo:
Engº agrº Maury Sade
Produção:
Engº agrº Bady Cury, assessor técnico da FEBRAPDP
Engª agrª Lutécia Beatriz Canalli, Emater-PR/FEBRAPDP
Endereço:
Rua Sete de Setembro, 800 - 2º andar. Conj. 201, centro
Ponta Grossa-PR
Tel/fax: (42) 223-9107
CEP: 84.010-350
e-mail: febrapdp@uol.com.br
www.febrapdp.org.br
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Fundação Agrisus completa três
anos
Há
três anos o Brasil conta com uma instituição que ajuda a promover o
desenvolvimento sustentável da exploração agropecuária. Criada no dia 24
de abril de 2001, a Fundação Agrisus - Agricultura Sustentável, surgiu com
este objetivo. A iniciativa foi da família do agrônomo Fernando Penteado
Cardoso, fundador do Grupo Manah, onde foi diretor e presidente de 1947 a
2000. Atualmente Penteado é o presidente da Fundação. Os objetivos são de
promover a educação acadêmica e profissional, visando a sustentabilidade
da agricultura e pecuária tropicais, asseguradas pela conservação e
melhoria do solo e do meio ambiente, apoiados por tecnologia apropriada. O
agrônomo conta que a agropecuária e as pessoas que a integram lhe
proporcionaram uma "gratificante carreira profissional nos segmentos de
fertilizantes e de pecuária de corte, sendo justificável pensar no futuro
desse setor, cujo alicerce se apóia na fertilidade do solo e no meio
ambiente favorável”. A Fundação, em conjunto com a Fundação de Estudos
Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ), vai somar esforços na formação de
pessoas capazes de gerar tecnologia para promover uma agricultura
progressista, econômica e estável. O objetivo é trazer benefícios para as
gerações futuras. “A terra, como já disseram, é um bem que apenas tomamos
emprestado daqueles que nos sucederão”, conclui. A
Agrisus é administrada por uma diretoria e um conselho curador, formado
pelos que ajudaram a formar o patrimônio inicial e por aqueles que venham
a contribuir financeiramente para a ampliação da Fundação, que está aberta
a novos participantes. A dotação patrimonial é irreversível e seus
rendimentos financiarão projetos de ensino, divulgação e pesquisa,
relacionados com a agricultura sustentável. A
Fundação considera importante que os agricultores estejam aptos a receber
a próxima geração de sementes geneticamente modificadas, cujas
perspectivas são incalculáveis. Para isso os produtores têm, antes de
tudo, de dominar e de por em prática procedimentos de uma agricultura
sustentável. "Assim, poderão tirar o máximo proveito dos novos cultivares,
que virão a proporcionar alimentos mais abundantes, mais saudáveis e a
menor custo, em benefício das populações consumidoras ", explica Cardoso. O
patrimônio fixo da Fundação, em 30 de junho de 2003, somava R$13,750
milhões e o Fundo Agrisus dispõe de R$1 milhão para financiar projetos. Os
objetivos da Fundação serão atingidos mediante o financiamento de projetos
específicos, visando a educação acadêmica especializada em seus diversos
níveis; a educação dos profissionais ligados às atividades rurais, através
de sistemas de extensão para disseminação das tecnologias; a geração e a
validação de tecnologia indispensável para embasamento das atividades
educacionais previstas. Para a
realização de seus objetivos, a Agrisus poderá celebrar acordos, contratos
e convênios com entidades públicas, privadas ou outras fundações, pessoas
físicas ou jurídicas, do País ou do exterior. A
Agrisus mantém um convênio operacional com a FEALQ, à qual cabe avaliar os
pedidos de financiamento para acompanhar o andamento dos projetos. Essa
associação proporciona à Fundação condição de continuidade, evitando
também duplicidade de estruturação burocrática. Seus
fins e meios objetivam fazer a entidade reconhecida por promover a
melhoria e a conservação da fertilidade da terra e das condições
ambientais envolvidas. A missão, portanto, é de estimular a capacitação e
o aperfeiçoamento profissional, bem como incentivar a pesquisa agronômica
e a extensão rural, com a finalidade de gerar, desenvolver e difundir
tecnologias destinadas a otimizar a fertilidade da terra de forma
sustentável e favorável ao meio ambiente.
ENDEREÇOS :
AGRISUS- Rua da Consolação
3367,conj 63 01416.001- São Paulo - SP Fone-(11) 3064-8776 e-mail:
agrisus@agrisus.org.br site:
www.agrisus.org.br
FEALQ - Av. Centenário 1080 13416.000 - Piracicaba
- SP Fone-(19) 3417-6600 e-mail:
fealq@fealq.org.br site:
www.fealq.org.br.
Mauá
da Serra comemora 30 anos de Plantio Direto
Os agricultores de
Mauá da Serra-PR apostaram no Sistema de Plantio Direto 30 anos atrás. Em
uma época em que falar em plantar sem remover o solo era algo
inimaginável, os agricultores pioneiros da técnica na região de Mauá da
Serra eram considerados “malucos”. Mesmo assim eles apostaram num sistema
de plantio que não dispunha de muitas informações. Para mostrar o
resultado da persistência, os agricultores daquela região realizam, entre
os dias 13 e 16 de maio, as comemorações “Mauá da Serra – 30 anos de
Plantio Direto”. O evento vai
homenagear o pioneiro da técnica no Brasil, Herbert Arnould Bartz, que com
sua experiência orientou os primeiros “malucos” de Mauá, as famílias Yamanaka e Uemura. Essas famílias também receberão uma comenda, junto com
empresas que foram fundamentais para o processo de consolidação e sucesso
do plantio direto - Monsanto, Semeato, Syngenta, Basf, Bayer e Nortox – e
as entidades de pesquisa – Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e
Embrapa.
Os produtores do município de Mauá da Serra fazem o
plantio direto junto com a rotação de culturas, para evitar o surgimento
de pragas comuns ao sistema. O solo de Mauá da Serra é hoje tão
produtivo quanto os de terra roxa do Norte do Paraná. A produtividade
média é de 60 sacas por hectare de soja, 150 sacas por hectare de milho,
60 sacas por hectare de trigo, 40 sacas por hectare de feijão, e 2.500
quilos por hectare de aveia branca. Até o início dos anos
70 a maior parte das terras de Mauá era coberta pela vegetação de
samambaias e sapés, indício de solo ácido e fraco. A intensa mecanização e
exploração de sucessivas safras começaram logo a mostrar seus efeitos
danosos, em forma de grandes erosões capazes de inviabilizar o uso do solo
do município. A situação desanimou
muita gente, que preferiu vender ou simplesmente abandonar suas terras,
partindo em busca de vida melhor. Mas muitas famílias resolveram ficar e
reinventar a forma de cultivar o solo. O plantio direto foi a solução encontrada para
conter a erosão e o êxodo rural. Hoje, a região é considerada como modelo
tecnológico e precursora da técnica no Paraná. Uma testemunha da
transformação da região é o próprio pioneiro do plantio direto no Brasil.
“Aquela era uma região desprezada. Devido à tradição do plantio de batata,
ocorreram erosões. Até a própria soja, cultivada no sistema convencional,
não segurava a terra”, conta Herbert Bartz.
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