2                                                     Boletim Informativo da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha

EXPEDIENTE

Boletim Informativo da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP).
Instituída em 20/02/1992
Entidade de Utilidade Pública Federal (Proc.MJ 15630/97-32) DOU 116-22/06/98
Associada a Confederación de Asociaciones Americanas para la Producción Agropecuária Sustentable

Jornalista responsável:
João Carlos Dias - RP 2684/10/162-PR

Diagramação:
Romilda Chicoski - rorokia@uol.com.br 

Impressão:
Kugler Artes Gráficas

Presidente:
Ivo Mello

Vice-presidentes:
Ariovaldo Ceratti
Hilário Daniel Cassiano
Herbert Bartz
Leonardo Coda
Flávio Faedo
Luiz Carlos Roos

1º secretario:
Osmar Muzilli
2º secretário:
Cláudio Furian Macagnan

1º tesoureiro:
Manoel Henrique Pereira
2º tesoureiro:
Andréas Petters

Diretor-executivo:
Engº agrº Maury Sade

Produção:
Engº agrº Bady Cury, assessor técnico da FEBRAPDP
Engª agrª Lutécia Beatriz Canalli, Emater-PR/FEBRAPDP

Endereço:
Rua Sete de Setembro, 800 - 3o andar. Sala 301 - A, centro
Ponta Grossa-PR
Tel/fax: (42) 223-9107
CEP: 84.010-350
e-mail: febrapdp@uol.com.br 
www.febrapdp.org.br 

Cultivo mínimo de soja sobre pastagem

    Técnica usa as vantagens do plantio convencional com os benefícios do plantio direto

     Em torno de 1,5 milhão de hectares de pastos degradados do País devem ser cultivados com soja nesta safra, devido ao preço deste grão no mercado internacional. Mas não basta apenas plantá-la, alguns cuidados devem ser tomados para se efetuar esta substituição. Segundo o engenheiro agrônomo Márcio Scaléa, que trabalha com plantio direto há mais de 20 anos, o produtor deve, onde for possível, utilizar o Sistema Plantio Direto. Nas áreas em que for necessário o preparo do solo, ele recomenda o cultivo mínimo de soja sobre pastagem, que alia técnicas de plantio direto às do plantio convencional.  “Quem já fez a calagem e, conforme a análise de solo, aplicou gesso, incorporou o calcário e teve a rebrota do pasto e das invasoras, não deve mais gradear o solo, e sim, esperar o capim crescer e deixar a sementeira germinar”, avisa. Este procedimento, segundo Scaléa, evita a compactação ou pulverização do solo, mantém a terra coberta no período mais crítico, evita a sementeira de capim nascendo com a soja, armazena umidade e evita erosão.                Segundo o agrônomo, o produtor deve, na seqüência, dessecar o capim com um herbicida pós-emergente, conforme recomendação de técnico capacitado. “Entre os benefícios deste procedimento estão o plantio da soja facilitado pelo solo macio, a semeadura viável horas após a chuva, sua rápida emergência antes da sementeira de capim, proteção do solo e reciclagem de nutrientes”, avisa.
     De 15 a 20 dias após a dessecação, o produtor pode plantar a soja usando quatro doses de inoculantes nas sementes e uma fórmula de adubo com quatro pontos de nitrogênio. O plantio é facilitado, conforme explica, pois a palha é melhor cortada pela plantadeira por estar mais seca. Também não ocorre alelopatia ou competição por água e há boa nodulação e arranque inicial da soja.

  O SISTEMA PASSO A PASSO

     O plantio de soja em áreas de pastagens que não estejam em uso pode ser otimizado se a terra receber o preparo adequado. Desta forma, segundo Márcio Scaléa, o agricultor poderá obter o máximo retorno do solo. Para isso, o agricultor deve fazer a calagem conforme análise do solo e aplicar gesso, se necessário. O procedimento corrige a acidez e melhora a saturação de bases do solo, fornece cálcio e magnésio (enxofre), ocasiona a liberação de fósforo e micronutrientes e o bloqueio do alumínio tóxico. Na seqüência, precisa incorporar o calcário para corrigir o perfil do solo e o relevo, destruir sulcos e trilheiros do gado, eliminar cupins e formigueiros, arbustos e outras invasoras.
     Em uma segunda etapa, o produtor deve eliminar a segunda gradagem, deixando a rebrota do pasto para armazenar umidade e evitar erosões, sementeira de capim nascendo com a soja e compactação do solo. “Esta é a parte boa do sistema convencional de plantio. Estando o calcário incorporado e o solo macio, eliminam-se as últimas gradagens niveladoras, substituindo-as pelo herbicida. Esta é a parte boa do plantio direto, pois são evitadas as operações com solo molhado, que são as mais prejudiciais ao solo e, ao mesmo tempo, armazena-se umidade, o que permite um plantio mais rápido e melhor”, afirma. De quebra, conforme lembra, acontece a germinação de grande número de sementes do pasto eliminado e de ervas daninhas, reduzindo a competição com a soja em germinação e formando excelente cobertura morta, que protege o solo.

 
Márcio Scaléa é engenheiro agrônomo da Monsanto.

Mauá da Serra - PR comemorará 30 anos de Plantio Direto em 2004.

     O município de Mauá da Serra (PR) comemora 30 anos de plantio direto no ano que vem. De 14 a 16 de maio, durante a Festa do Milho de Mauá, será realizada a comemoração oficial da data. A comissão organizadora está preparando uma programação especial, com painéis fotográficos, palestras, exposições e outros eventos.
     Os painéis fotográficos vão mostrar a evolução da agricultura e do Sistema Plantio Direto na região. Os painéis serão apresentados durante os dias de campo. As palestras vão mostrar um histórico do SPD no mundo, no Brasil, no Paraná e em Mauá da Serra. Também vão direto na preservação ambiental. Durante a programação serão homenageados os pioneiros do SPD e empresas, que viabilizaram o sistema. Está programada também uma exposição de máquinas e equipamentos pioneiros.
     Maiores informações sobre o evento podem ser obtidas com Sérgio Kazutoshi Higashibara, presidente da Comissão Organizadora, pelo telefone (43) 464-1291. 

 


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