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Durante o II Congresso Mundial sobre Agricultura Conservacionista
foi realizada uma sessão de pôsteres, criada para mostrar trabalhos
científicos na área da agricultura conservacionista e promover a
interação entre pesquisadores e público. O espaço foi dividido em três
temas: trabalhos relacionados a aspectos de meio-ambiente, onde são
apresentados resultados relativos a conservação do solo, água e
biodiversidade; aspectos de perspectivas políticas e sócio-econômicas,
com resumos de estudos dirigidos
a análises econômicas e propostas de políticas agrícolas; e o
terceiro tema exposto, mostra pôsteres sobre inovações tecnológicas,
que abordam resultados de pesquisadores voltados, por exemplo, ao uso do
plantio direto em culturas de verão, entre outros.
 Foram
expostos cerca de 150 trabalhos, oriundos dos 50 países representados
no Congresso, com destaque para os
países da Ásia e África. “Praticamente todos os continentes
estiveram representados aqui”, explica Antônio Motta, da Universidade
Federal do Paraná, um dos coordenadores da sessão.
Um
dos pontos importantes da mostra foi a oportunidade de interação dos
autores dos trabalhos com os visitantes, que tiveram a oportunidade de
explicar os resultados e trocar informações e experiências com outros
pesquisadores. Os pôsteres, bem como o conteúdo de todas as palestras
do II Congresso, compõem as publicações escritas e em CD do evento.
Sessão
de pôsteres ilustra na prática o Congresso
Gestão
de recursos naturais
muda realidade do meio rural
Todos
aqueles que têm como preocupação o futuro do planeta e a qualidade de
vida dos povos, deve atentar-se para a gestão dos recursos naturais. A
afirmação é do agrônomo Nestor Bragagnollo, da Emater-PR, que falou
sobre o gerenciamento da água e do solo, no Congresso.
Nestor descreveu
o projeto que vem sendo desenvolvido no Paraná com o objetivo de
solucionar os problemas de manejo e conservação dos recursos naturais,
apresentados desde a década de 70. Para ele, o Paraná Rural é um
projeto de êxito, que consolidou experiências e teve como unidade de
planejamento e execução a microbacia hidrográfica. O programa iniciou
em 1989 e encerrou em 1997, alcançando 210 mil produtores rurais
atendidos em uma área de 7,1 milhões de hectares, distribuídos em
2.433 microbacias, acompanhadas por 399 conselhos municipais.
De acordo
com Bragagnollo, os resultados foram expressivos em relação a impactos
sociais, econômicos e ambientais. Foi identificada a melhoria da
qualidade da água em 16 mananciais de abastecimento urbano. O
incremento em 62% na renda dos produtores também foi significativo,
atingindo a melhoria das condições sociais das famílias.
Os gestores
do projeto dizem que este é um dos melhores trabalhos apoiados pelo
Banco Mundial em todo o mundo. “Foram superados seus objetivos”,
afirma Bragagnollo. Os resultados descritos são significativos, em
especial no que diz respeito a adequação das estradas rurais, que
segundo ele, quando feitas de um modo integrado às práticas de manejo
e conservação de solo e água nas propriedades, propiciam controle
mais eficiente da erosão e reduzem as necessidades e valores
de manutenção em cerca de 50% em relação a gastos anteriores.
Na sua
visão, o Paraná Rural é um exemplo que precisa ser difundido a todos
aqueles que se preocupam em implantar alternativas de uso, manejo e
conservação de solo e água.
Maquete
ensina educação ambiental
No
Pavilhão de Exposição do II Congresso Mundial sobre Agricultura
Conservacionista, em um espaço de 68 metros quadrados, a EMATER - PR
mostrou uma maquete que objetiva desenvolver a educação ambiental em
feiras e eventos. Há 6 anos a instituição vem levando aos eventos em
que participa esta inovação de educar de forma mais interativa e
motivadora, o que também contribui para fortalecer a sua imagem
institucional.A maquete é dividida em dois momentos. No primeiro espaço
existem quatro situações
que demonstram e diagnosticam os problemas ambientais, como queimadas,
erosão, esgoto rural, lixo urbano, etc. Na seqüência da maquete,
outros quatro espaços apresentam as soluções técnicas para
solucionar os problemas.
De
acordo com os responsáveis pelo trabalho, este é um recurso que atinge
resultados imediatos e positivos na busca de conscientizar as pessoas da
necessidade de práticas saudáveis e do uso adequado dos recursos
naturais.
A exposição itinerante dessa maquete é oportunizada graças a
recursos do programa Paraná 12 meses, oriundos do Banco Mundial. No
total já foram investidos mais de R$ 20 mil no projeto.
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